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Nuno Reis reuniu esta terça-feira, dia 5 de Abril, com a administração da ARS Norte. O encontro, no seguimento de outros realizados anteriormente, teve como objectivo primordial discutir a saúde no distrito. Questões como a falta de médicos de família e os investimentos públicos previstos para o sector da saúde nos diversos concelhos, bem como as polémicas envolvendo o Hospital de Braga, tiveram primazia.

 

O parlamentar social-democrata mostrou-se apreensivo com as recentes notícias que dão conta da falta de médicos em vários concelhos. Segundo números confirmados pela ARS, o concelho de Braga terá neste momento entre 25,000 a 30,000 utentes sem médico de família enquanto em Barcelos serão mais de 15,000 os utentes sem médico de família. Dos quatro grandes concelhos do Distrito, apenas Guimarães estará, aparentemente, bem servido de médicos de família. Famalicão tem também necessidades a esse nível mas não foram adiantados números.

No que respeita a Barcelos, a falta de médicos faz-se sentir de uma forma mais intensa nas freguesias servidas pela unidade de saúde de Barcelinhos. A administração da ARS Norte reconhece a existência deste problema, negando, no entanto, notícias que davam conta de alguma discriminação relativamente à alocação de médicos para o concelho de Barcelos, comparativamente a outros concelhos.

A ARS adiantou ainda que a taxa de utilização global de consultas médicas em Barcelos situou-se nos 66,83%, o que significa que quase 67 pessoas em cada cem tiveram acesso a pelo menos uma consulta durante o ano transacto.

 

Ainda em relação à escassez de médicos de família, a Administração Regional de Saúde afirmou que, a médio e longo prazo, a situação poderá ser mitigada pelo aumento do número de médicos na especialidade de medicina geral e familiar. Desde 2005 entraram 800 médicos dessa especialidade na região norte do nosso país, sendo que 118 exercerão no Distrito de Braga.

Embora a falta de médicos de família seja uma realidade, a ARS chamou a atenção para a existência de algumas duplicações nos registos dos utentes, o que poderá estar a inflacionar de algum modo a estatística do número de pessoas sem médicos de família. Adiantam ainda que mais de 90 por cento da população estará servida.

 

No que se refere ao Hospital de Braga, o Coordenador dos Deputados do PSD voltou a expressar a sua profunda preocupação relativamente à situação que actualmente se vive no hospital. O parlamentar manifestou a intenção dos Deputados eleitos pelo círculo de Braga em reunir tão breve quanto possível com o novo gestor do contrato da parceria público-privada entre o Estado e a empresa Escala-Braga, bem como com o Provedor do Utente, do qual só na passada semana se soube da existência.

 

A recente substituição do gestor de contrato vem dar força aos alertas que vinham a ser feitos, tanto pelos deputados do PSD como pela concelhia de Braga, no sentido da necessidade de um acompanhamento muito mais próximo e eficaz desta PPP.

Esta demissão e o anúncio surpreendente, na passada semana, de que já estaria nomeado um Provedor do Utente, cujo trabalho igualmente se desconhece, é para Nuno Reis uma assunção tardia de responsabilidades por parte do Ministério da Saúde.

 

De recordar que só nas últimas duas semanas, com a manifestação dos trabalhadores do Hospital de Braga e a chamada à Comissão Parlamentar de Saúde da Sra. Ministra, para prestar esclarecimentos acerca das pressões sobre trabalhadores do Hospital, é que o Ministério pareceu acordar quanto aos problemas na gestão desta unidade de saúde.

 

Durante a reunião, o social-democrata foi ainda informado de que as Unidades de Saúde Familiar de Ribeirão e de Delães, em Famalicão, estão prestes a entrar em funcionamento, o mesmo sucedendo com a USF de Macieira de Rates/Pedra Furada, em Barcelos. Estas unidades deverão ser inauguradas durante o mês de Maio.

 Em Terras de Bouro, foi aprovada a abertura de um concurso para a realização de obras no centro de saúde local, que se encontra em condições precárias em termos de infra-estruturas e equipamentos. Relembre-se que os deputados Teresa Fernandes e Nuno Reis, tinham já entregue, no dia 3 de Março, um requerimento dirigido ao Ministério da Saúde, onde exigiam explicações e medidas urgentes para melhoria das infraestruturas e meios disponibilizados a essa unidade de saúde. De acordo com a ARS, o investimento previsto será de um milhão de euros.

 

Para finalizar, Nuno Reis deu conta aos administradores da ARS, que se mostrou sensível aos seus argumentos, que o investimento em capital e meios humanos do Ministério da Saúde no distrito de Braga tem de corresponder ao peso demográfico que esta região assume no contexto nacional: "só assim será possível falar-se em igualdade no acesso aos cuidados de saúde no nosso país".

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