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O empresário Alexandre Soares dos Santos declarou, hoje, em entrevista à SIC Notícias não acreditar que o primeiro-ministro José Sócrates não soubesse do negócio de compra da TVI pela PT e foi peremptório ao declarar que ninguém está a dizer a verdade na Comissão de Ética.


O empresário Alexandre Soares dos Santos declarou, hoje, em entrevista à SIC Notícias não acreditar que o primeiro-ministro José Sócrates não soubesse do negócio de compra da TVI pela PT e foi peremptório ao declarar que ninguém está a dizer a verdade na Comissão de Ética.

"Não acredito que este negócio pudesse ser feito sem conhecimento do primeiro-ministro". E foi mais longe: "Neste país qualquer negócio importante passa pelo Palácio de S. Bento". Por isso, "o primeiro ministro deve ter sabido. Se foi oficialmente ou oficiosamente não é importante. Ele soube".

Soares dos Santos, presidente do grupo Jerónimo Martins, não poupou a Comissão de Ética e o Parlamento. "Estamos a assistir a um péssimo exemplo para a juventude deste país com o que se passa na Comissão de Ética".

Para o empresário, "só se vê mentira atrás de mentira, mentira atrás de mentira. Não há ninguém a dizer a verdade. É gravíssimo". O próprio Soares dos Santos admitiu que algumas pessoas ouvidas já lhe contaram versões contrárias ao que disseram no Parlamento.

 "Não vi ninguém a dizer a verdade". "O Parlamento presta-se a isto. Devia pôr termo a este espectáculo miserável". Soares dos Santos diz, por isso, que nos últimos tempos criaram-se condições de difícil governação, com o primeiro-ministro a "estar sujeito a pressões de toda a ordem" de dia à noite.

"Não tem condições psicológicas" para governar. Por isso, tem de se tirar lições. "Tem de passar a ser obrigatório a verdade e começa logo no Parlamento".

Soares dos Santos defendeu mudanças constitucionais para sabermos em quem votamos no distrito. "Quando votamos num determinado partido não sabemos em que estamos a votar, votamos no que vai ser candidato a primeiro-ministro".

No futuro, "a sociedade civil tem por obrigação chamar ao seu distrito aqueles que são candidatos e exigir-lhes um programa e que dêem contas do que fazem, como em Inglaterra ou EUA". Para que haja controlo.

"Cada vez mais se estabelecem controlos sobre a empresa. A CMVM e o Governo metem-se em tudo, falam em transparência. Onde está a transparência da parte do Governo". Este, diz, não é auditado e não se lhes pedem responsabilidade. "O que anda o Parlamento a fazer?", questionou.

 

Alexandra Machado
Jornal de Negócios 

 
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